jueves, 11 de julio de 2013

O poder dos livros voadores do Sr. Lessmore

Alice Ribeiro Dionizio

O curta-metragem “Os Fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore” (título original The fantastic Flying Books of MR. Morris Lessmore), de 2011, é uma produção cinematográfica simples e que encanta por sua simplicidade. Menos é mais em todos os quinze minutos de filme.
Tudo se inicia com o personagem principal, Sr. Morris Lessmore, escrevendo seu livro em um hotel de uma pequena cidade. Tudo ia bem, até que um furacão atinge o lugar e tudo é destruído. As palavras que ele estivera escrevendo até ali parecem fugir dele, fugir do caos. E como sabemos, um mundo sem palavras é um mundo sem cor.
O universo e a realidade do Sr. Lessmore se tornam sem vida. Ficam preto no branco, e nesse caso não tão claros como geralmente a expressão se refere. Sem saída, ele passa a vagar pelos campos da pequena cidade. Nada mais faz sentido. Nesse percurso o personagem se depara com uma cena inusitada: ele encontra livros voadores. Livros voando em pleno caos. E eles não estão sozinhos, há uma mulher, menina ainda, que os acompanha. Ele fica encantado com o que vê e seguindo um desses livros chega à uma casa onde há muitos outros como ele. E são livros vivos, mais vivos que qualquer outro.
Dessa forma o personagem passa a viver nessa casa em companhia dos livros. Passado algum tempo ele sente a necessidade de terminar o seu livro, aquele que escrevia quando o furacão chegou. Mas ele sente medo, recorda-se de como as palavras fugiram dele naquele dia tortuoso.
Mas os seus novos melhores amigos o incentivam a voltar a escrever. É a sua história agora, a história dos seus livros. Ao terminar de escreve-lo é como se o Sr. Morris Lessmore estivesse pronto para voar. E é isso que acontece. Ele voa com os livros, da mesma forma que havia visto a menina voando quando os encontrou pela primeira vez.
O filme conquistou, no ano de 2012, o Oscar de melhor curta-metragem de animação. Para os amantes de literatura, o filme  emociona. Quem ama a literatura reconhece o poder que ela tem.

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